O presidente Lula assinou em maio de 2025 o Decreto nº 12.456, que estabelece o novo marco regulatório para educação a distância no Brasil. As防守As mudanças afetam diretamente 4,9 milhões de estudantes matriculados nessa modalidade e trazem transformações profundas no cenário educacional brasileiro.
As novas diretrizes determinam o fim dos cursos 100% online e criam três formatos de oferta: presencial, semipresencial e EAD com atividades presenciais obrigatórias. Cursos de medicina, direito, odontologia, enfermagem e psicologia deverá ser ofertados exclusivamente no formato presencial, encerrando definitivamente a possibilidade de formação totalmente a distância nessas áreas.
Principais mudanças nas novas regras do EAD estabelecidas pelo MEC
O novo decreto trouxe alterações estruturais que modificam completamente o panorama do ensino a distância no país. A partir do novo marco regulatório da educação a distância, nenhum curso de bacharelado, licenciatura e tecnologia poderá ser 100% a distância. Essa determinação representa uma virada de página no modelo educacional brasileiro.
Três novos formatos de oferta
O decreto define os seguintes formatos de oferta: Presencial: caracterizado pela oferta majoritária de carga horária presencial física, com até 30% no formato EaD.
Semipresencial: composto por, pelo menos, 30% da carga horária em atividades presenciais físicas e, pelo menos, 20% em atividades presenciais ou síncronas mediadas.
EaD: caracterizado pela oferta preponderante de carga horária a distância, com limite mínimo de 20% atividades presenciais e/ou síncronas mediadas.
A criação do formato semipresencial surge como uma ponte entre o presencial tradicional e o ensino remoto, oferecendo flexibilidade sem abrir mão da interação direta entre alunos e professores. Essa modalidade híbrida permite que estudantes conciliem trabalho e estudo com maior facilidade, mantendo momentos presenciais fundamentais para o aprendizado.
Como funcionará o período de transição das novas regras do EAD
A portaria estabelece ainda regras para os processos em trâmite, garantindo segurança jurídica para instituições e estudantes durante a adaptação.
Prazos estabelecidos pelo MEC
O calendário de implementação segue etapas bem definidas:
- Primeiros 90 dias (até agosto de 2025): cursos continuam regulares, permitindo novas matrículas
- Após 90 dias: A Seres alterará o status desses cursos para “em extinção” no Sistema e-MEC
- Prazo geral de adaptação: As instituições de ensino superior têm até julho de 2027 para se adequar às novas diretrizes
Direitos dos alunos já matriculados
A proteção aos estudantes em curso foi priorizada na regulamentação. Todos os estudantes matriculados em cursos que não poderão mais ser ofertados 100% online terão assegurado seu direito de conclusão do curso no formato EaD. As instituições devem manter a oferta até a formatura completa dessas turmas.
O Blog Bizu acompanha de perto essas mudanças e oferece orientações detalhadas para estudantes navegarem nesse período de transição com segurança.
Novos requisitos para instituições e polos de apoio presencial
A infraestrutura física ganha papel central nas novas diretrizes, com exigências específicas para garantir qualidade no atendimento aos estudantes.
Estrutura mínima obrigatória dos polos
Há também a exigência de infraestrutura mínima como: sala de coordenação; ambientes para estudos; laboratórios (quando aplicável); acesso à internet. Os polos deixam de ser meros pontos de apoio para se tornarem verdadeiros ambientes acadêmicos.
Cada polo deverá contar com:
- Salas de aula equipadas adequadamente
- Laboratórios específicos para cursos que demandem práticas
- Biblioteca física ou acesso digital completo
- Internet de alta velocidade
- Espaços de convivência e estudo
Fim do compartilhamento entre instituições
Uma mudança significativa proíbe o uso compartilhado de espaços. Não será permitido o compartilhamento de polos EaD entre instituições de ensino superior diferentes. Cada universidade deverá ter sua própria estrutura, garantindo identidade institucional e melhor atendimento aos alunos.
Mudanças nas avaliações e metodologia de ensino
O sistema avaliativo passa por reformulação completa, priorizando o contato presencial mesmo em cursos predominantemente a distância.
Provas presenciais obrigatórias
O novo decreto estabelece que, mesmo para os cursos de graduação EaD, cada disciplina deve contar com pelo menos uma prova presencial. Além disso, Esta avaliação presencial deve ser a maior na composição da nota final do estudante.
As avaliações presenciais devem:
- Focar em análise, síntese e resolução de problemas
- Verificar identidade dos estudantes para evitar fraudes
- Representar o maior peso na nota final
- Acontecer em ambiente controlado e supervisionado
Novos tipos de atividades pedagógicas
A nova política uniform Magdalene definições como: Atividades presenciais: realizada com a participação física do estudante e do docente em lugar e tempo coincidentes. O decreto estabelece quatro categorias:
- Atividades presenciais: professor e aluno no mesmo local
- Atividades assíncronas: conteúdos gravados, horários flexíveis
- Atividades síncronas: aulas ao vivo online
- Atividades síncronas mediadas: on-line; em tempo real; com interação entre alunos e docentes; seguindo um limite de 70 alunos por mediador
Exigências para o corpo docente e mediadores pedagógicos
O corpo docente das instituições de ensino superior que atuam na modalidade a distância (EaD) deverá ser composto por professores com pós-graduação, preferencialmente mestrado e doutorado. A atuação deve ocorrer em áreas correlatas à formação acadêmica.
Papel dos mediadores pedagógicos
A nova política de EaD cria a figura do mediador pedagógico nos cursos de graduação a distância. Diferente dos tutores administrativos, esses profissionais terão função exclusivamente pedagógica, com formação compatível ao curso.
Os mediadores devem:
- Possuir formação acadêmica na área do curso
- Estar vinculados à instituição oficialmente
- Auxiliar no processo de aprendizagem dos estudantes
- Trabalhar com grupos limitados (máximo 70 alunos)
O que esperar para o futuro do EAD no Brasil
As novas regulamentações apontam para um ensino a distância mais robusto e confiável. A portaria também prevê que o MEC poderá vetar outros cursos na modalidade EaD no futuro, indicando possíveis ajustes conforme necessidades identificadas.
Tendências e perspectivas
O mercado educacional caminha para:
- Maior integração tecnológica em cursos híbridos
- Personalização do ensino conforme perfil do aluno
- Certificações mais valorizadas pelo mercado
- Inovação em metodologias de ensino
Adaptação das instituições
Universidades que se anteciparem às mudanças terão vantagem competitiva. Investimentos em tecnologia, capacitação docente e infraestrutura serão determinantes para o sucesso nesse novo cenário.
As novas regras do EAD representam um marco histórico na educação brasileira. Embora tragam desafios significativos para instituições e estudantes, apontam para um futuro com formação superior mais sólida e reconhecida.
A transição exigirá esforços de todos os envolvidos, mas os benefícios a longo prazo justificam as mudanças implementadas. Como você pretende se adaptar a esse novo cenário educacional?
Dúvidas Frequentes sobre as Novas Regras do EAD
Posso continuar meu curso de Direito EAD já iniciado?
Sim, Os estudantes que já estão regularmente matriculados em cursos de psicologia, enfermagem, direito, odontologia ou medicina na modalidade EAD terão o direito de concluir seus estudos no mesmo formato. A instituição deve garantir a oferta até sua formatura.
Quanto tempo as universidades têm para se adaptar?
O decreto prevê um prazo de transição de dois anos para que as instituições se adequem à nova política. Novos cursos já devem seguir as regras imediatamente.
O que são atividades síncronas mediadas?
São aulas online ao vivo com interação direta entre professores e alunos, limitadas a 70 estudantes por mediador e com controle de frequência obrigatório.
Cursos de Administração podem continuar 100% EAD?
Não. Nenhum curso de graduação poderá ser totalmente a distância. Administração poderá ser oferecida no formato EAD, mas com mínimo de 20% de atividades presenciais ou síncronas mediadas.
As mensalidades devem aumentar com as mudanças?
Possível aumento nos custos operacionais das instituições pode impactar valores, mas o mercado competitivo tende a regular preços. Cada instituição definirá sua estratégia.
Diplomas EAD perderão valor no mercado?
Pelo contrário. As novas exigências tendem a valorizar os diplomas, garantindo formação mais completa e reconhecida pelos empregadores.
Posso mudar de EAD para semipresencial durante o curso?
Depende da oferta da instituição. Consulte sua universidade sobre possibilidades de migração entre modalidades.
Pós-graduação também está incluída nas novas regras?
O decreto foca na graduação. Especializações e MBAs mantêm regras próprias, podendo continuar 100% online em muitos casos.
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