É fácil tropeçar em erros de português até nos detalhes mais simples do dia a dia. Seja em mensagens rápidas nas redes sociais ou em e-mails mais formais, muita gente escorrega em pontos da nossa gramática – e nem percebe!
Descobrir quais são essas “armadilhas” frequentes pode ajudar você a se comunicar com mais clareza e confiança, evitando situações constrangedoras e até pequenos prejuízos na carreira ou na vida acadêmica. Neste artigo, você verá exemplos práticos, entenderá por que eles acontecem e como fugir deles sem complicação.

A linguista Camila Rocha Irmer, referência na área, explica que algumas dúvidas persistem porque há um distanciamento entre o que falamos e o que escrevemos. Em tempos de comunicação acelerada, nem sempre as regras ficam frescas na memória.
Se você já se confundiu com crase, plural de “tem” ou o uso dos “porquês”, saiba que não está sozinho – muitos caem nessas armadilhas gramaticais. Entender de onde vêm esses deslizes pode ser o primeiro passo para aprimorar sua escrita e perder o medo da norma culta.
Exemplos de erros comuns em português
Selecionamos dez exemplos de erros frequentes para ficar de olho:
- Entre eu e você: Após preposição, o correto é “entre mim e você” ou “entre mim e ti”.
- Mal ou mau: “Mal” é o contrário de “bem” e “mau”, o oposto de “bom”. Dica: troque o termo por “bem” ou “bom” para testar.
- Há ou a: Use “há” (do verbo haver) para indicar tempo passado. “A” marca distância ou tempo futuro.
- Há muitos anos atrás: Redundância. Opte por “há muitos anos” ou “muitos anos atrás”, nunca juntos.
- Tem ou têm: “Tem” (singular), “têm” (plural). Verifique a quantidade do sujeito para não errar.
- Para mim ou para eu: Com infinitivo vindo depois, use “para eu”, caso contrário, “para mim”.
- Impresso ou imprimido: Com “ser”/“estar”, use “impresso”. Com “ter”/“haver”, vale “imprimido”.
- Vir, ver e vier: Fique atento à conjugação no futuro do subjuntivo (“quando ele vir”, “quando eu vier”).
- Aquele com crase: Nunca use “a aquele”. O correto é “àquele”, “àquela”, “àqueles”, etc.
- Ao invés de ou em vez de: “Ao invés de” só para oposição; prefira “em vez de” na maioria dos casos.
Como evitá-los no dia a dia
O primeiro passo é identificar quais situações geram mais dúvida. Ler textos bem escritos, consultar dicionários e dedicar alguns minutos por semana à revisão pode transformar seu relacionamento com o idioma. Conversar com pessoas que dominam as regras ajuda a esclarecer pontos específicos, assim como participar de fóruns sobre língua portuguesa.
Outra estratégia é anotar as dúvidas mais recorrentes e criar uma pequena lista de verificação para consultas rápidas. Assim, você não se perde nos detalhes e ganha mais cuidado ao escrever. Experimente usar o recurso de revisão automática em plataformas de escrita, pois muitas delas já apresentam sugestões de correção gramatical.
Impactos dos erros no ambiente profissional
No universo corporativo, a atenção à língua não garante só boa imagem: pode evitar perda de oportunidades e até mal-entendidos em negociações. Recrutadores valorizam candidatos que demonstram domínio na comunicação escrita, pois isso reflete zelo e competência. Um pequeno descuido pode comprometer relatórios, propostas e contratos.
Além disso, erros de português em e-mails ou documentos oficiais podem transmitir uma impressão de desleixo ou pouca atenção aos detalhes. Investir na segurança ao escrever é se destacar de forma positiva no mercado de trabalho.
Dicas rápidas para revisar seus textos
algumas dicas:
- Leia o texto em voz alta: assim, você percebe falhas de concordância e repetições.
- Use ferramentas de revisão gramatical online para capturar deslizes automáticos.
- Dê uma pausa antes da revisão para identificar, com olhos renovados, possíveis erros.
- Ao final, cheque redobrada em palavras que costumam causar confusão, como “há/a”, “por que/porque”, além das expressões que exigem crase.
Erros gramaticais versus erros de digitação
Vale diferenciar o deslize gramatical do erro de digitação. Gramática envolve regras do idioma, como uso de tempos verbais, crase e concordância. Já a digitação está relacionada a enganos ao teclar rápido demais, como inverter letras ou omitir acentos. Embora ambos causem ruído na comunicação, os gramáticos exigem mais atenção na revisão final.
Se você utiliza frequentemente a digitação em dispositivos móveis, o risco de cometer “erros de digitação” é ainda maior. Use sempre a função de correção automática (com ressalva!) e revise o texto antes de enviar, especialmente se for uma mensagem importante.
Dúvidas frequentes
- Por que tantos brasileiros erram a crase?
A falta de contato com escrita formal e normas contribui para a insegurança no uso da crase. - Usar aplicativos realmente ajuda a melhorar?
Sim, apps e plataformas interativas tornam o aprendizado mais rápido e prático. - Qual a melhor forma de revisar um texto?
Lendo em voz alta, pausando antes da revisão e utilizando ferramentas digitais especializadas. - Vale corrigir linguagem em redes sociais?
É válido, principalmente em contextos públicos ou profissionais. - Como evitar erros em e-mails de trabalho?
Reserve tempo para revisar e consulte exemplos de frases corretas.
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